quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Com organização da revista doBarco e os apoios da MPN ( Marina Parque das Nações ), ANC ( Associação Nacional de Cruzeiros ), e da Secção de Vela do Alhandra Sport Club, no passado fim de semana, realizou-se um Cruzeiro entre a MPN e Alhandra.

O programa, incluía um Cocktail de boas vindas aos participantes no Sábado, que conforme se pode ver na foto, foi muito participada, servindo para os elementos da organização e os diversos participante se conhecerem e trocarem experiências de interesse comum.

Disponível, esteve o Honda Marine IV e o auxiliar do BlueSeven com um pequeno motor eléctrico, gentilmente cedido, para que se pudesse comprovar que os motores eléctricos começam a ser uma alternativa aos “normais” motores de combustão.



Não estando incluído no programa "oficial", após o cocktail, a grande maioria dos participantes foi jantar num simpático restaurante junto da MPN.

No Domingo, pelas 10:30, foi a vez de nos fazermos ao caminho, o Fulo ( Trimaran habituado a estas andanças ) e o BlueSeven foram à frente, abrindo caminho no sempre incerto mar da Palha. Saiu igualmente o auxiliar do BlueSevan com o valente Paulo ao leme na expectativa de alcançar Alhandra. Ficou pelo caminho, mas valeu a pena.

O vento ajudou, na casa dos 15 nós, e tirando um quase encalhanço, a viagem decorreu sem precaussos, servindo até para ensaiar umas bolinas bem serradas com o João ao leme.

Uma vez em Alhandra, a bateria do motor do BlueSeven não quis colaborar ( já antes tinha dado indícios que alguma coisa não estava bem ), tivemos assim de contar com a ajuda do Honda Marine IV para parar o BS, ficando o resto da frota algo confusa com as manobras. Com cada um por sua conta para a manobra de atracar, com a maré a encher e a alguma falta de experiência dos Skipper´s nestas condições é fácil de perceber que a coisa momentaneamente ficou confusa, mas tudo fica bem quando acaba bem.

Fomos todos almoçar no simpático restaurante “Voltar ao Cais”. Eu rapidamente voltei ao BS para tentar perceber se a bateria, que já se encontrava à carga, correspondia.

Como, estava à carga, não houve problema, pegou à primeira, pelo decidi duas coisas, uma que na descida era a minha vez de fazer leme, eu que normalmente deixo essa tarefa para os outros, normalmente o João ou a Selma, e que teríamos de descer com o motor sempre ligado, porque em contrário voltaria a não pegar.


Fizemos o percurso sem incidências de registo, com vento do quadrante Este na casa dos 15 nós, chegando momentaneamente aos 20 / 25 nós junto ao “mar da palha”. O João, lá fez os possíveis para corresponder e correspondeu, navegando o BlueSeven com toda a segurança e rapidez.

A entrada da MPN, foi talvez a mais complicada que já efectuamos, deu para perceber que com a vazante e vento de Este, ficam reunidos os ingredientes para que se tenha de ter a máxima atenção possível. Aconselho a que nestas condições, a aproximação seja feita de jusante para montante, colocando o barco desta forma contra a corrente, coisa que não fiz o que dificultou a manobra.

Uma vez na MPN, a habitual boa disposição e profissionalismo da equipa, ajudando prontamente na manobra.

Em Alhandra, ficaram mais dois dias quatro barcos. Que se fizeram ao caminho na segunda-feira, vindo ainda para a MPN dois deles, que se juntaram a mais duas embarcações na noite de Segunda para terça-feira, dia que os mais resistentes saíram da MPN para regressar aos seus postos habituais de amarração.


Foi um fim-de-semana intenso sem dúvida, onde acabei por retirar algumas conclusões.


Qualquer organização, por muito simples que seja o evento, por muito que queiramos controlar os detalhes, por muito que desejemos que as coisas corram bem, existe uma grande incerteza quanto ao fracasso ou ao sucesso.

A avaliar pelos comentários, desta vez correu tudo bem. Esperemos que numa próxima organização da doBarco, corra ainda melhor e com maior numero de participantes.