sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Galhofas na MPN - Marina Parque das Nações

No fim de semana de 24 e 25, tivemos a companhia do Galhofas e da sua simpática tripulação que connosco foi ter à MPN.

  
Passada a noite de Sábado para Domingo, cedo saímos para o Seixal, seriam 10:30, não sem antes ter preparado o HMIV, nova bateria e 20 Ltr de gasolina, para o Pedro levar para a Marina de Cascais, seu local habitual de amarração.
Saida do Galhofas da MPN.

Selma ao leme.
As habituais graçolas dos miudos, nesta fase ando a fazer tudo por tudo para o Gui levar a coisa na desportiva, não forço a andar à vela, se andar de barco já não é mau !!
O Francisco, já com outra idade lá vai fazendo o jeito e com o bom tempo até se vai divertindo a bordo.
Com a maré práticamente cheia, optei por tentar fazer um atalho. E como quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos, calhou-nos a nós a trabalheira e o Stress da situação.

Quando tentávamos cruzar do canal do Barreiro para o canal do Seixal, apesar de ir sempre a olhar para a plotter, fomos de encontro a um baixio, deve ser bem conhecido pois até tem uns paus ao alto para os mais distraido não cairem na ratueira.

Voltamos rápidamente para trás e uma vez que estavamos no canal do Barreiro seguimos práticamente até ao final do mesmo, afim de dar tempo para a maré subir ainda mais, decorria uma regata de optimist.

Sabendo préviamente que não existe passagem entre os canais e estando praticamente maré cheia, tentámos passar entre os dois canais. A coisa parece fácil contada, ...,  eu olhando constantemetne para para o GPS/Plotter a Selma ao leme e os miudos já fartos e a rezingar de andar  a passo de caracol, lá conseguimos uma brecha e conseguimos passar, à rasca é certo, que é como quem diz +/- 1,0 mtr de água, mas que passamos passamos.

Chegados ao Seixal, todos transpirados da Stresseira do momento anterior, paramos no pequeno cais com a ajuda dos marinheiros locais, almoçamos a bordo e demos a habitual passeata.

A molhada no Seixal
A miudagem a almoçar
O Seixal com a maré cheia

Tivemos a companhia do António do Beagle que também lá tinha ido almoçar, mas por breves momentos porque estava de saida.


No final do dia, foi tempo de combinar novas saidas em conjunto e de despedidas.


O Gui ao leme com o canal do Seixal por trás.


A Selma "entretida" com os miudos a estudar e a por a leitura em dia, sempre foram cerca de duas horas de estudo, nada mal !!

Sala de estudo no Blue Seven.


Eram cerca das 18:00 quando nos cruzamos com a frota ANC que tinha ido a Alhandra para a regata do 25 de Abril, pelo que me contaram muito participada e animada.

Chegamos à MPN pelas 18:30, onde como é habitual tinhamos um marinheiro para ajudar na manobra.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cruzeiro a Tróia

Inicialmente tinha pensado ir a Valada, estava a ficar com saudades da paz e sossego da pitoresca vila Ribatejana, não seja eu natural de Santarém, pois já o ano passado não tinha ido. Na altura tinha o Beagle em Alhandra e vi a frota toda a passar rio acima, mas no último momento alterei os planos e rumei a Lisboa.

Contudo, à medida que o dia se foi aproximando, comecei a ver que a grande maioria iria para Tróia e estando a ficar cansado de sair em águas abrigadas, comecei a ficar com vontade de mar, e a ideia de rumar a Tróia foi ganhando consistência, até porque a Selma tinha combinado com uns amigos passar o fim de semana em Tróia.
A previsão era de pouco vento na sexta de quadrante NO e NNO no Domingo, ai já com vento de 15 nós, nada de especial pensava eu.

Assim, e como só podia fazer a viagem na sexta-feira, pedi à ANC que quando aparecesse por lá alguém nas mesmas condições que me pusessem em contacto para fazermos a viagem junto.

Logo, a simpática Teresa da ANC ligou e me pôs em contacto com o  Luis Santos, feliz proprietário de um Dufour 35 de nome Galhofas, barco muito interessante e com uma silhueta muito bonita.

Para meu espanto o Luis tem vindo a recuperar o Dufour, fazendo melhoramentos muito idênticos a alguns que também já realizei, dá muito gosto conversar com alguém que mete mãos à obra num barco, não haja dúvida fica-se com um conhecimento profundo do barco.

A viagem começou com uma deslocação à Marina do Parque das Nações na Quinta-Feira por volta das 18:30, para colocar o BS no lado de fora das comportas, e a saída ficou programada para as 07:00, na companhia do primo Sérgio, que não largou o leme durante toda a viagem.
Por volta das 08:00 entramos nas docas, ainda se ouvia o “barulho” de um dos bares, ai fizemos as necesárias apresentações, tomámos um café a bordo do BS e rapidamente saímos para o mar.

Porta aviões Charles D´Goule, de bandeira Francesa.














A silhueta do Dufour 35. Um classico é sempre um clássicos, muitos de novos de vão tornar velhos e estes mantên-se como os Clássicos.














O cabo Espichel pelo través de bombordo.



O enfiamento das balizas de Setúbal.















Aproximação a Tróia. Com uma prova do campeonato regional ANC.














No regresso, previsto para Domingo pude contar com a presença do Pedro que fez o favor de vir do Porto na véspera, ir jantar a Cascais e ainda arranjar tempo para estar em Tróia antes de nos termos levantado. É obra ou não...
Saímos por volta das 09:00, com o Galhofas à frente, combinamos irmos mantendo o contacto até porque as condições do mar e o vento prometiam, como acabou por acontecer.

Assim que saímos do enfiamento das balizar de Setúbal , o vento que até ai estava pela alheta de estibordo, na casa dos 15, 18 nós, passa para o través e sobe para uns consistentes 18 – 20 nós, com picos de até 28 nós. Ai a coisa aquece, e por mais que quisemos, não dava par manter um rumo constante, de quando em vez a bela orçadela, pano a mais, pouca antecipação, azelhisse, fosse o que fosse os esses sucediam-se.

Nessa altura, e porque as condições se alteravam, tentámos várias vezes estabelecer contacto com o Luis do Galhofas, mas nada, ninguém nos respondia de volta ou então respondia-nos outro barco que não o pretendido.

Nessa altura, íamos inseridos no meio de três barcos, cada um maior que o outro, todos na casa dos 40 – 45 pés e que apresar de já termos rizado a grande para o 1ª rizo e enrolado a genoa cerca de 15 %, aguentávamos o andamento indo sempre á frente da frota.




Com a aproximação do cabo, a coisa ficou ainda mais "engraçada" e apresar de termos rizado para o 2 rizo, e enrolado a genoa cerca de 30 %, as ondas de proa e o vento já constante na casa dos 25 nós, animaram a tripulação e íamos os dois de sorriso de orelha a orelha.

Nessa altura, penso que fizemos uma opção errada, como a coisa estava tão boa fizemos, como cerca de 7 barcos um largo para fora, de tal maneira para fora que quando demos conta estaríamos a cerca de 20 milhas da costa, mas mesmo assim abaixo do bujio, pelo que a determinada altura metemos um pouco de motor até à entrada da barra, ai com o vento de través com 20 nós foi desligar o motor e entrar em Lisboa.

Estabelecemos contacto rádio com o Galhofas que logo após o cabo, ligou o motor o e chegou cerca de uma hora antes, estávamos a passar a bóia 3 junto ao Bujio. 

Logo informámos a MPN que estávamos ligeiramente atrasados, não fossem as comportas estarem fechadas e chegamos por voltas das 18:00.

A resposta foi pronta e fomos informados que as comportas aguadariam pela entrada do BS e que estaria um marinheiro à nossa espera.



Foi um fim-de-semana preenchido, cansativo, até porque tive de vir trabalhar no Sábado, mas deu para tirar algumas conclusões sobre o BS no mar e aprender mais sobre o barco.