quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cruzeiro a Troia - Côte D´Or II

Como membro da comissão de cruzeiros, coube-me coordenar e organizar o último cruzeiro "mini" ANC de 2011. Foi assim que o Blue Seven, e sua tripulação, participou no Cruzeiro a Tróia por ocasião da estadia do Côte d´Or II naquela marina.


O programa, contemplava a estadia em Tróia de 29 de Outubro a 1 de Novembro e privilegiava o contacto com o projeto Côte D´Or II do Miguel Subtil. Desta forma a Marina de Tróia, oferecia a estadia aos associados ANC e "nós"  ANC, tratávamos de encher a "casa".

Apesar de, no inicio da semana, as condições meteorológicas serem adversas... aliás muito adversas, as previsões apontavam para bom tempo no fim de semana e dessa forma foi possível reunir um bom número de embarcações e  tripulantes. Entre outras ofertas, puderam assistir a uma "tertúlia familiar" mediada pelo repórter Fernando Alvim, que tão bem a soube conduzir, tendo como pano de fundo o projeto Côte d´Or II.

A tertúlia Familiar
No encontro, contámos com a presença do Miguel Subtil, pessoa com uma vontade, determinação e tenacidade de ferro, caracteristicas essenciais para  impulsionar este grande projecto, e contornar as inúmeras dificuldades com que se deparou no decorrer dos mais de 25 anos que a reconstrução do Côte D´Or II levou.

Relativamente aos "meus" planos para o fim de semana, a viagem entre a Marina Parque das Nações e Troia, foi feita com o amigo Pedro Almeida, grande entusiasta das "coisas" dos barcos e, espero, futuro armador de um veleiro.

Fomos seguindo de perto o White Fin do Luís, que ainda na Marina Parque das Nações, me ofereceu, pois não usava, uns utensílios de pesca de arrasto que prontamente, e em boa hora, aceitei.... mais à frente volto a este assunto ...

Pedro Almeida ao leme
A passagem na ida pelo Cabo Espichel deixava antever alguma agitação marítima para os dias seguintes, coisa que viemos a constatar na pernada de regresso.

O Espichel por Bom Bordo
A meteorologia apresentou-se favorável e podémos disfrutar de bons momentos de vela, após o Bugio, até deu para içar o Spy,  após o Espichel, apesar de não ter saciado a vontade com que andavamos de velejar,  foi o melhor que conseguimos e melhor que nada.

O White Fin e o Thor
No Domingo, embarcamos, um pouco à socapa no Côte D´Or II,  com a ajuda e o consentimento do Tiago Marcelino, e habilitamo-nos a uma valente velejada, coisa que acabou por não acontecer por falta de vento.

A Selma no Côte D´Or II
O catamaram  Côte d´Or II não deixa ninguém indiferente, apesar da idade, perto de 30 anos, as soluções são muito engenhosas e seguramente desenvolvidas por quem sabia muito do assunto. A "coisa" devia mesmo ser o expoente máximo na sua altura.

Um Sr. moitão
Hardware à séria
Imponência à parte, a simples tarefa de içar a vela grande é coisa para dois homens sem mazelas ósseas ou musculares, caso contrário fica rizada por defeito :-)

Içar a vela grande

Ao todo contei 16 molinetes !!

Foi com eles que a vela foi içada

Se as regatas fossem assim queria ser tripulante ...
A 1º tripulação a dar lugar à 2ª do dia

Deu para tudo, pois não estava vento 

A imponência do "bicho"
Odomingo à noite estava reservado para o jantar do Cruzeiro num restaurante local, "Purpura" onde estiveram presentes a grande maioria das tripulações participantes.
A nossa mesa, era composta  pela tripulação do Thor, do White Fin, do Savy e nós Blue Seven,  tendo partilhado uma a refeição agradável e cheia de surpresas gastronomicas, facilmente ficamos "agarrados" às aventuras do Rui Soares relativamente à sua viagem de circulo navegação, para repetir sem dúvida.

A Selma nas suas animadas histórias da vida!
A Selma também teve o seu tempo de antena ! E, entre anedotas e histórias bem contadas, passamos um serão muito animado até perto das duas da manhã.

O dormitório do Purpura Marina

Miguel Subtil em pano de fundo e a restante tripulação 
Segunda-feira foi dia livre, o programa não contemplava actividades para esse dia, até porque para uma boa parte das pessoas foi dia de trabalho. Para os mais afortunados, pelo menos no que ao dia de folga diz respeito, houve a oportunidade para deambular pelo local. Nós, não fomos excepção, o Gui e a Selma deram as suas patinadélas durante boa parte da tarde e eu ia atrás deles da melhor forma possível.

Só nos faltou o Francisco

De volta ao Blue Seven, tempo ainda para o habitual estudo, desta vez feito com todo o empenho do estudante e da explicadora de serviço.

Pois é, mesmo de férias no Blue Seven estuda-se
Segunda à noite foi tempo de começar a pensar no regresso, consultar a meteorologia, atestar e combinar horas de saída. 
Feitas as despedidas, o Guilherme seguiu de carro, para que a  Selma pudesse regressar de barco e agarrar-se ao leme. Ando, aos poucos a ensinar tudo o que sei à Selma, também, não é assim tão difícil, pois não é assim tanta coisa para passar :-). A ideia é ela saber governar um barco à vela, não vá um dia a coisa dar para o torto e ser necessário. Tem demonstrado grande facilidade nas manobras, se é certo que ainda falta muita coisa, estou seguro que em breve posso ir descansado e ser levado com toda a segurança sem ter de me preocupar.

Selmita ao leme

A tripulação a trabalhar
Relativamente às artes de pesca, quando o Luís mas ofereceu, fiquei a olhar para aquelas linhas cheias de anzóis e tirinhas às cores, e admito que não valorizei muito o material, apesar de ter prontamente agradecido. Contudo já na viagem de regresso, lembrei-me e decidi perto de Sesimbra dar banho ao anzol.
Para nosso espanto, mesmo antes do cabo, a Selma começa a dizer que vinha, à tona da água, alguma coisa a reboque, logo nos apercebemos que eram dois belos peixes, soubemos depois com perto de 2.4 Kg cada um, só faltando descobrir a "marca ".
Fiquei sem dúvida fã, um obrigado ao Luís, a que não penso devolver o material, mas no minimo está  convidado para um jantar de peixe sem marca, mas com 2.4 Kg :-)

Lá vinham eles de reboque ...


A restante viagem foi tranquila, apesar de alguma ondulação, 3 a 4 mtr de través, que passavamos de forma confortável, uma vez  que, o período era grande. Fui sempre mantendo contacto visual com o White Fin e com um outro barco da frota, penso que o Salis, este com um rumo completamente diferente. Fomos acompanhados ainda com um outro veleiro, que navegando só à vela apartir do cabo acabamos por o perder de vista.

A "bossa" aqui parece pequena mas tinha 3-4 mtr

Já no Tejo até deu para conversar de barco para barco
Para a posterioridade fica a maior viagem da Selma, até agora ia e vinha de carro, sendo que, tendo gostado com as condições,que não eram de todo, as melhores, irá certamente gostar ainda mais com o tempo melhor  ... Sorte a minha! ...

A Cmdtª. Selma

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A surpresa do Francisco !

Algum dia tinha de ser o primeiro!  O Francisco fez questão de ir ao leme e, não é que se ajeitou...

A dupla do dia 
A história é simples e conta-se em pouco tempo.

Combinei com o Luís do White Fin, irmos passar o Domingo, dia 09 ao Seixal. Tendo-se despachado mais cedo, acabou por sair mais cedo da Marina Parque das Nações e, como entretanto, estabelecemos contacto telefónico, combinamos que faria um compasso de espera, aguardaria por nós para seguírmos juntos.

A dupla "terrible"
Da nossa parte foi chegar e andar. Saídos das comportas e  rapidamente demos conta da posição um do outro, seguindo rio a baixo. Eu mais chegado à margem norte e o Luis mais ao meio tranquilo pois a maré estava a encher. 

O franças na sorna 
  
À semelhança de tantos outros dias deste nosso Outubro de 2011, o dia estava fantástico, no Blue Seven o habitual, o Gui estudava, o Francisco lia e esticava-se no poço e eu para distrair, que o vento não era muito icei balão, mesmo assim o mais pequeno, e lá íamos entretidos rio abaixo.

Grande Marinheiro
À Selma não escapa uma
A determinada altura, já no canal de acesso ao Seixal, em frente ao Alfeite, toca o telefone e alguém diz, "então onde estão? Já estamos todos sentados à mesa e à vossa espera ...ainda demoram ? !!1 "

Quatro olhos vêm melhor ...
Não tínhamos agendado um almoço de família! Tendo como objectico a comemoração dos nossos ( meus e a Selma) 13 anos de casados, coisa que toda a gente pôs nas agendas e reteve menos os "noivos" .

Que tal para 12 anos !!
Decidimos regressar, prontamente avisamos o White Fin e voltamos! E é aqui que vim buscar inspiração para a crónica de hoje.
Quando o Francisco soube da boa nova, deu um salto e agarrou-se ao leme! não fosse o pai querer fazer uns bordos, e atrasar o encontro com o primo "Rodas" , estão quase sempre juntos, mas a expectativa de mais um encontro gera sempre grande emoção no Francisco e no Guilherme.

Da minha parte e não desfazendo, tão somente recordando anteriores ocasiões, pensei, " humm deve ser coisa de pouco dura, tipo dá-lhe forte, mas passa-lhe depressa"  :-) 

Apesar de o passeio ter ficado a meio, como  tudo na vida, retiramos o lado bom da coisa, para meu espanto o Francisco revelou ter jeito e mesmo vindo praticamente sempre a motor, foi muito acertivo, conseguiu entrar nas comportas e praticamente parar o Blue Seven no seu local habitual , tudo isto quase sem ajuda !!

Só dei ré o resto estava encaminhado
Que não haja dúvida, quando se quer tudo se consegue... 
Gostei...  


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Rota Paper Náutico

Mais uma vez a ANC e a Marina Parque das Nações unem esforços com o objectivo de proporcionar um evento no estuário do Tejo. 

Depois de termos organizado a sempre agradável subida a Alhandra, o desafiante e atrevido passeio ao Rosário, que tão boas recordações deixou, ao ponto de várias tripulações terem demonstrado vontade de lá voltarem ou de lá irem pela primeira vez, o que me tem levado a pensar organizar um regresso para os dias soalheiros de inverno, foi chegada a altura de organizar algo totalmente diferente, um "Rota Paper Náutico".

A ideia  surgiu do nada... pois ao não poder deixar de incluir o Seixal no programa de eventos para o estuário do Tejo, e como o destino é sobejamente conhecido para alguns, teria de pensar em algo diferente e inovador, para que, dessa forma, todos equacionem participar.

Como organizador, e tendo já recolhido algumas opiniões, penso que estão reunidas toas as condições para que os participantes e demais envolvidos, possam desfrutar um fim de semana diferente, onde todos são chamados a participar e a ser parte integrante do programa proposto. 

Com o "Rota Paper Náutico" pretendemos fomentar a entreajuda e o espirito de partilha que tão bem caracteriza a comunidade Náutica. Mas, porque contamos com a cortesia de  alguns parceiros, vai ser possível brindar o trio vencedor com simpáticos prémios,  e que ganhe o melhor !!

Convido todos aqueles que se queiram juntar a nós, que o façam diretamente na sede da ANC ou na Marina Parque das Nações.

Da minha parte, é com muita pena que não posso participar como concorrente... pois em tudo me revejo no proposto.

Para mais informações :
http://www.ancruzeiros.pt/Cruzeiros2011/Rotapapernautico1-10.pdf
http://www.marinaparquedasnacoes.pt/pt/eventos/201-rota-paper

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sines 2011

Como já vem sendo habitual, fomos passar uma semana de férias a Sines com o Blue Seven. 

Por muito que pretenda e que  planei uma jornada maior, até existiu a possibilidade de fazer o cruzeiro ao Porto Santo integrando a frota ANC, o máximo que consegui foi ir a Sines, melhores tempos e melhores navegações virão, é só uma questão de dar tempo ao tempo... 

A Francisco a tentar apanhar uma onda
Como seria de esperar, a semana foi curta, tendo em conta tudo o que gostaríamos de fazer, acabando rapidamente . Fica os bons momentos passados em família, no inicio os quatro, ao que se juntou os pais da Selma na Quinta-feira.

O Guilherme no BodyBoard
Tivemos bons dias de praia com os miúdos, fizemos umas belas surfadelas nas águas de S.Torpes, por vezes, quando o vento subiu, umas valentes velejadas de WindSurf.

O pai depois de uma onda
Sines é um local fantástico, se por um lado o ambiente náutico sente de momento, fruto da crise ou de outros problemas, um retrocesso, havia quem comentasse que já não se lembrava de tempos tão amorfos em Agosto, não deixa de ser verdade que toda a envolvente é muito náutica, não fosse aquela a terra do Vasco da Gama.
Sines à noite
Com o aparecimento da chuva na Quinta fizemos uma incursão por Porto Covo, Vila Nova de Mil Fontes e Azambujeira do Mar.

A mãe a caminho de um banho forçado
 não tive nada a ver com o sucedido :-)

A foto "sombra"  
Em Vila Nova de Mil Fontes, comecei logo a tirar medidas de cabeça para entrar por ali a dentro com o Blue Seven.

Vl.Nvª Mil Fontes
Dois veleiros fundeados em V.N.Mil Fontes
Apanhados desprevenidos e pelas costas...
Em conversa com locais e já anteriormente com o Oliveira do  Maião, que já lá entrou, foi-me dito que a entrada não é para brincadeiras e que, deve de ser feita, pelo menos a primeira vez, com apoio de uma pessoa residente que conhece os segredos como ninguém.


O entretem do Francisco, fazer equipas de futeol
Pais da Selma
Azambujeira do mar
Sábado, foi passado com o João, feliz proprietário do ketch de nome João Baleia, que inverna na Marina Parque das Nações e vai de férias para Sines...

Não obstante estarmos de férias, no Blue Seven, praticamente todos os dias existia a hora do estudo, com maior ou menor sacrifício a malta toda estudava

Tempo de estudo a bordo do BS
A viagem de regresso foi feita na companhia do Pedro Oliveira que tão bem conhece o BS e que mais uma vez me deu o privilégio da sua companhia.
Saímos às 7:00 am, conjuntamente com mais cinco barcos, três rumaram a Norte e dois a Sul.

Saída de Sines - 07:00 am

A viagem foi tranquila, vento fraco de NO, que mesmo assim nos ajudou a progredir, avistamos o Espichel pelas 12:30 pm.  a estibordo do Blue Seven.

Pedro de reboque 
Mar pela frente, com vento do porão
Spy pronto para  a eventualidade

Dai em diante, tivemos sempre vento, 12 a 15 nós de NNO, que deu para desligar motor e seguir velejanto até à Marina do Parque das Nações, que, desta fez, nos brindou com uma autentica invasão  de barcos estrangeiros.

É coisa para dizer " cadê os Portugas" ...